sábado, 19 de fevereiro de 2011

CNA - Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária

No nosso país existes várias associações patronais que congregam lideranças políticas, empresários que têm como intuito trabalhar pela aprovação matérias do seu interesse dentro do Estado. Temos como exemplo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a CNC (Confederação Nacional do Comércio), a CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e o objeto de análise neste post, a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária).

Cada uma destas Confederações congregam Federações Estaduais que possuem força política regional e muitas vezes nacional, como a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que conseguiu com o seu poder de mobilização fazer com que a CPMF fosse cancelada no final de 2007.

A CNA, no seu site assim diz: "A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – é responsável por congregar associações e lideranças políticas e rurais em todo o País. A CNA também apóia a geração de novas tecnologias e a criação de agroindústrias responsáveis por aumentar a produtividade rural. Outra grande iniciativa da entidade é a cooperação e apoio aos programas regionais de desenvolvimento agrícola, especialmente aqueles que se destinam a reduzir as desigualdades geoeconômicas em todos os Estados brasileiros." (disponível em: http://www.canaldoprodutor.com.br/sobre-sistema-cna/sistema-cna).

Mas será que a atuação da CNA dentro do Estado Brasileiro é a mesma que está descrita em seu estatuto?

Se for congregar lideranças políticas e rurais em todo país sim, visto que a presidente dessa associação é a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Essa senadora por força política da Bancada Ruralista conseguiu implantar uma Comissão Parlamentar de Inquérito contra o MST, que tinha como objetivo principal desmoralizar o movimento, mas que no final não conseguiu encontrar nenhum indício de irregularidades dentro do movimento.

A grande questão que se coloca é se os objetivos desta organização são factíveis com as grandes questões ambientais que são colocadas nos dias atuais. Ao trabalhar pela aprovação do novo código florestal, pela criminalização dos movimentos sociais de combate aos grandes latifúndios, por não querer se subjugar a vontade do Estado, o que podemos esperar se a cada dia que passa essa organização tem mais e mais força política?

4 comentários:

  1. A CNA é realmente complicada. É preciso analizar todos os fatos.

    ResponderExcluir
  2. Fontes para pesquisa!

    Pará terá comitê para apurar conflitos agrários

    Uma das atribuições do comitê é propor soluções para a região conhecida como Terra do Meio

    Alex Rodrigues

    Dois dias após o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang ter completado seis anos, a tensão e a violência que tem caracterizado os conflitos agrários no estado do Pará voltaram a mobilizar o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).

    continua no link

    http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/nossomundo/19,997,3208660,Para-tera-comite-para-apurar-conflitos-agrarios.html

    ResponderExcluir
  3. A CNA é voltada para os grandes produtores rurais. Quando falamos em Agricultura e Pecuária, devemos ter em mente pequenos empreendimentos e agricultura familiar. Além disso, reflito o seguinte: se o MST desaparecer, quem onseguirá exercer pressão sobre os ruralistas e latifundiários? Concordando ou discordando do MST, ele é um forte fator de pressão contra a hegemonia dos grandes produtores.

    ResponderExcluir
  4. No primeiro momento, penso que deveria ser criado algum mecanismo de representação rural que possua certa autonomia, mas que se submeta ao Estado. O problema é que, se pensarmos que as políticas do Estado são voltadas aos interesses dos grandes latifundiários, "homens bons" que detêm imensas riquezas e poder, entramos em um ciclo sem fim.

    Sobre o MST, o Ronaldo apresentou uma idéia que eu nunca tinha pensado. Porém, acho que é válido questionar os mecanismos como o MST utiliza para ter força para exercer essa pressão às hegemonias do campo.

    ResponderExcluir